Só os
apaixonados contestam, protestam, procuram a transformação. As paixões
não cegam; elas iluminam, utopicamente, o destino do ser apaixonado. A
paixão é o alimento da liberdade. Não pode, portanto, existir pragmática
da singularidade humana, sem seres apaixonados que a realizem. A paixão
é o que nos diferencia dos seres inanimados, que simulam viver olhando,
indiferentemente, o mundo à espera da morte. Só os seres apaixonados
têm condições de procurar viver em liberdade, de procurar vencer as
tiranias culturais.
Luís Alberto Warat
Luís Alberto Warat
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