Antes
eu era diferente. No primeiro problema pegava o telefone e ligava para
alguma amiga. Ficava horas debatendo o assunto. Antes eu achava que todo
mundo era meu amigo do peito. Contava sobre as minhas coisas, a minha
vida, meus planos. Errei muito. Minha mãe sempre teve a seguinte
postura: não é todo mundo que coloco dentro da minha casa. Não entendia
muito bem aquilo, mas hoje entendo e concordo plenamente.
Conheço muita gente. Meu círculo de amizades é variado e extenso. Mas
na hora do aperto eu sei bem para o colo de quem correr. Escolho as
palavras certas para falar de mim e das minhas coisas para as pessoas
que tenho dúvidas se me querem bem. Porque a gente se engana muito. E o
tempo, felizmente, faz com que a gente perceba quem gosta da gente, quem
verdadeiramente quer o nosso sucesso. Não se espante se sobrar pouca
gente, não é todo mundo que fica mesmo mesmo mesmo assim sem vírgulas
feliz de verdade com nossas pequenas felicidades.
Clarissa Corrêa
Nenhum comentário:
Postar um comentário