O amor não tem nada a ver com o coração, esse órgão repugnante, espécie de bomba d’água lotada de sangue. O amor aperta primeiro os pulmões. Não se deveria dizer “estou com o coração partido” e sim “estou com os pulmões sufocados”. O pulmão é o órgão mais romântico: todos os amantes pegam tuberculose; não é por acaso que foi desta doença que Tchekhov, Kafka, D.H. Lawrence, Frédéric Chopin, George Orwell e Santa Tereza de Lisieux morreram.
Frédéric Beigbeder
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