quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Eu sou feita de carne, osso, curvas, sangue, desejos e vontades, sonhos, amores… de fases e ciclos. Sou o movimento de ser… ser simplesmente eu. Sou feita de agua, de ar, fogo e terra, sou a noite e também o dia, amo profundamente mas não provoque o meu o outro lado, que ele existe e é tão poderoso quanto meu amor. Tenho mil nomes, muitas faces e infinitas possibilidades, quando me vejo em cada mulher, em cada fêmea, em cada quadril, a cada ventre que cria e re-cria sua história todo mês, em rubro e rosa. Movimento da vida, movimento da morte, o ciclo do renascimento. Giros e rodopios, ondulações, movimentos que trazem o equílibrio traduzindo o Amor em nossos corpos. Verto-me em prazer. Êxtase. Bolinhas de sabão, brincar na lama, guerra de mamona, ficar apenas largatixando no sol, ser bicho, uivar para a Lua, apurar nosso faro, correr pelos campos, pular nos galhos, gargalhar. Aspirar a plenitude. Sou criança, sou jovem, sou velha, mãe, guerreira, filha, cozinheira, neta, dançarina. Sou a espada e a flor. A borboleta das metamorfoses, do ballet das mudanças. Sou Completa, inteira. Danço para criar, crio o meu mundo, curo minhas dores, meus sonhos, meus amores. Nesta dança sou aprendiz e sou a mestra. Sou Mulher, sou a Loba, sou a bruxa, sou a fada, sou tudo tudo, e também posso ser nada…Me desfaço no som, e me recrio a cada passo, sou inteira, sou rubra, sou rosa, sou a deusa, sou eu mesma, do meu jeito, dos meus feitos, dentro e fora do meu peito. Sou Sagrada. Sou Mulher.
Desconheço a autoria

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